HISTÓRIA DE ARARIPINA: O Clube do Remo e a tradição das peladas aos domingos

Clube do Remo - Em pé: Ronaldo, Milton, Severino, Vavá, Expedito, João de Nega, Tiê. Agachados: Elpídio, Panta, Deca, Cícero e Joaquim

Foto cortesia: Tiê

uem da nossa geração não reunia a turma da pelada aos domingos para em cima de um caminhão com as carrocerias tortas, desconfortáveis, jogar futebol nos sítios, serras e até nas cidades vizinhas. 

Era tradição alugar um caminhão, ou na falta de outro meio de transporte mais acessível para um entretenimento que era a única atividade que aquela juventude dispunha para aos domingos festejar, além de que todos gostavam daquela aventura tão distante da nossa realidade atual.

O Santo André da Rua do Padre, o Oásis do Zé Martins e tantos outros que saiam da cidade em direção aos pontos mais distantes como DNOCS, Sítio Flamengo, Serra do Simões, Serra da Torre, Morais, para jogar futebol nos campos de terra batidas, com torcidas organizadas, bebidas e muita diversão que ainda permanece viva principalmente na zona rural do município. Sem esquecer que boa parte desses "campinhos de peladas" eram irregulares para praticar futebol. Primeiro tempo você jogava na descida, depois enfrentava uma subida. Era preciso então provocar um placar elástico quando jogava de descida, para depois segurar a pressão do adversário no tempo final.

Os Atletas do Clube do Remo: Expedito, Deca e Gonzaga

Os atletas do Clube do Remo: Cícero de Agenor e Expedito Paixão

O Clube do Remo, se não me engano, tinha como proprietário o famoso “Deca da Padaria” (me corrijam se a informação não condiz com a verdade) e era quem patrocinava o “terno” do clube (o chamado padrão), pagava a locação do veículo, convidava os atletas (principalmente os que trabalhavam em sua empresa) e movimentava a galera aos domingos para perambular nos distritos e zona rural de Araripina. A foto acima do clube que pertencia ao “Seu Deca” deve ser o início da formação do time que não contava com Tião (ex-padeiro), Dudé (também funcionário de Deca), Zé de Guida e o editor deste que acompanhava o irmão Expedito Paixão e sempre que aparecia uma brecha entrava para enfrentar aqueles atletas amadores cheios de disposição.

Que saudade!!!